30 ou 60? Nossa "Escolha de Sofia"

Hoje recebi um feedback sobre o DevOps Summit Brasil 2016. Queria compartilhar esse feedback, explicar o contexto e iniciar uma discussão a respeito.

Igor parabéns pela sua apresentação no DevOps Summit, foi ótima! Entendo que você seja um dos organizadores e por isso quero deixar uma sugestão, não é uma crítica, na verdade é, mas construtiva. Não seria melhor ter menos palestras com tempo maior e um intervalo um pouco maior entre as trilha?

Digo isto porque senti literalmente em quase todas que assisti os palestrantes muito pressionados pelo tempo, teve alguns que deu dó, o Evilázaro por exemplo tava com um assunto massa e a gente via que ele tinha conteúdo pra caramba para passar e nem mal começou a falar o tema e sobe a plaquinha de 10 min, na boa… foi uma judiação principalmente com ele, eu percebi isto em praticamente todas que assisti.

O evento foi bom mas o que quero dizer é que poderia e pode ser muito melhor. Por favor não leve isto pro lado ruim, mas é um toque..

– Edson Friedmann (@EdsonFried)

Como disse ao Edson, fiquei super-feliz de ele se dar ao trabalho de parar e dar seu feedback. Acreditem, feedbacks (especialmente as críticas construtivas) são sempre bem-vindos!
Sobre o tamanho das palestras: Saiba que as discussões para definir isso foram BEM acaloradas…

Palestras curtas ou palestras longas?

Na verdade, desde o início esse era o maior dilema para a gente: cobrir mais assuntos, ainda que superficialmente, ou ter menos palestras com mais profundidade? Não dava para evitar a sensação de estarmos diante de uma Escolha de Sofia: Independente da opção que fizéssemos, nenhuma delas seria a “correta”. Sempre perderíamos algo e provavelmente acabaríamos lamentando nossa escolha. Mas, naquele momento, também tínhamos de tomar uma decisão rápida e irreversível.

  • Palestras curtas: Um dos pontos que a gente avaliou ao experimentar o modelo de 30 minutos foi o de estimular os palestrantes a irem direto ao ponto, sem muitos rodeios. Convenhamos, palestras de uma hora permitem muito “embromation”. Além disso, podemos oferecer mais palestras e, portanto, cobrir um leque muito mais de perfis e interesses. Por outro lado, temas mais complexos acabam sendo abordados de maneira muito superficial.
  • Palestras longas: Formato preferido pela maioria dos palestrantes, pois permite que se aprofundem em seus temas, seja através de discussões mais ricas ou demos mais complexas. O “problema” é que correm o risco de ser mais maçantes e, por vezes, estimulam a “enrolação” com excesso de piadas e assuntos paralelos devidos à sensação de conforto que o tempo de uma hora propicia ao palestrante. Outro ponto - que pode ser positivo ou negativo, dependendo de como você o encara - é que temos menos palestras.

Numa primeira retrospectiva informal pós-evento, muitos de nós ficamos com esse pequeno “porém”. Também achamos que podíamos ter feito melhor. E provavelmente vamos fazer diferente no ano que vem.

Conclusão

Os dois modelos têm prós e contras e, por isso, nenhum deles é uma escolha fácil. Queremos fazer melhor no ano que vem e, para isso, precisamos da sua ajuda!

O que você acha? Deixe sua opinião nos comentários e nos ajude a fazer eventos cada vez melhores!

Um abraço,
Igor



10/05/2016 | Por Igor Abade V. Leite | Em Eventos | Tempo de leitura: 3 mins.

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