ALM é um meio, não um fim
Este post foi motivado por um comentário recente de um cliente – se bem que, na verdade, não é a primeira vez que escuto algo assim.
“Precisamos colocar ALM pra funcionar!” “Os desenvolvedores vivem arrumando ‘jeitinhos’ para desviar do ALM… Tem algum jeito de garantir que eles vão seguir os processos de ALM que nós definimos?” “Nossa prioridade agora é o ALM.”
Bom, vamos começar pelo começo. Parece que é fácil de se esquecer disso, mas seus desenvolvedores são pagos para desenvolver software, não para “usar ALM”. Se colocamos processos e ferramentas acima das pessoas e das interações entre elas, então estamos fazendo errado! Por mais clichê que isso possa soar, no instante em que começamos a dar mais importância à estrada que ao nosso destino, simplesmente nos esquecemos de onde queremos chegar. Tenho visto isso acontecer com uma frequência cada vez maior. Muitas empresas se esquecem de que o desenvolvedor precisa do mínimo de impedimentos no seu caminho para ser capaz de produzir software de qualidade. Não é por acaso que uma das principais atribuições de um Scrum Master é justamente a de resolver impedimentos. ALM existe apenas como um meio, um suporte para o time. Seu propósito deve ser apenas ajudar, facilitar o desenvolvimento de software com qualidade. Mais do que “relatórios de produtividade” (que normalmente são apenas uma contagem da quantidade de linhas por hora/dia/check-in, como se isso tivesse qualquer coisa a ver com produtividade) e políticas de check-in para “barrar código sujo”, deveríamos nos preocupar em capacitar nossos times e dar a eles as ferramentas para que possam trabalhar com foco no seu projeto – e que os auxilie a garantir a qualidade de suas entregas. Lembre-se: Uma boa plataforma de ALM, tal como um bom Scrum Master, deve ser invisível para o time! Um abraço, Igor
21/08/2013 | Por Igor Abade V. Leite | Em Técnico | Tempo de leitura: 2 mins.